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Como combater os ectoparasitas em bovinos

Como combater os ectoparasitas em bovinos

Eles causam coceira e irritação, perda de peso e de apetite e até mesmo a morte, em casos de grandes infestações. Estamos falando dos ectoparasitas em bovinos, ou seja, os parasitas encontrados sobre a pele e nas cavidades dos animais. Todos esses problemas causados trazem grandes prejuízos para o bolso dos produtores rurais e perdas bilionárias para todo o setor da pecuária.

Neste artigo, vamos abordar os principais ectoparasitas encontrados nos bovinos e os protocolos e estratégias para o controle efetivo. Boa leitura!

Carrapatos

Os carrapatos são apontados pelos estudiosos como os principais ectoparasitas que atacam os bovinos. Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), estima-se que eles causem prejuízo de mais de US$3 bilhões por ano no Brasil.

Os animais infestados perdem peso, diminuem a produção do leite, não atingem o rendimento esperado e podem até mesmo morrer. Para se ter ideia, estudo realizado por Honer e Gomes (1990) aponta que a carga parasitária de 100 carrapatos por animal por ano traz perda de produção de um litro de leite por dia e redução de 45 kg no peso do bovino.

As infestações ocorrem, normalmente, quando os animais caminham por pastagens infestadas, por isso, é importante que os produtores façam a rotação de cultura e pastagem, utilizem estratégia de controle biológico do ambiente, realizem quarentena dos novos animais adquiridos para a propriedade, além de investirem no tratamento terapêutico e no controle estratégico e tático.

Moscas

As moscas são causadoras de bernes e miíases em bovinos. Elas causam grande desconforto nos animais e trazem prejuízos decorrentes da perda de sangue, danos causados no couro, redução de produtividade, estresse e transmissão de doenças. As principais moscas que atacam os bovinos são mosca-dos-chifres (Haemotobia irritans), mosca-berneira (Dermatobia hominis), mosca-dos-estábulos (Stomoxys calcitrans) e mosca doméstica (Musca doméstica).

Estimativa divulgada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) aponta que a mosca-dos-chifres traz prejuízo de US$ 2,5 bilhões ao ano, enquanto a mosca-da-bicheira e a mosca-dos-estábulos somam perdas de US$ 1 bilhão anual.

De acordo com a Coordenadoria de Desenvolvimento Rural Sustentável (CDRS), alguns estudos demonstram que os animais suportam o parasitismo de até seis moscas-dos-estábulos por perna sem prejuízos econômicos. Em altas infestações, a mosca-dos-estábulos provoca estresse severo, com perda de peso (15 a 20%) e queda na produção de leite (40 a 60%), sendo que os danos dependem do grau de infestação.

As perdas são explicadas, principalmente, pelo estresse que sua picada causa nos animais, já que a mosca permanece sobre os bovinos por 24 horas e pode picá-lo até 40 vezes em apenas cinco minutos.

Esse tipo de mosca realiza a postura dos ovos e se desenvolve em resíduos orgânicos de origem animal ou vegetal, como material úmido em decomposição ou em fermentação e até em restos de alimentos, por isso, é importante ficar atento as forrageiras, material verde picado, feno, silagem e palha.

Segundo os técnicos da CDRS, os produtores devem ter especial atenção no período da entressafra da colheita da cana-de-açúcar, que ocorre até o início de março. Isso porque neste período, se inicia também as chuvas, o que favorece ainda mais as infestações e surtos da mosca-dos-estábulos. Por isso, é importante que as usinas de cana não deixem resíduos como torta de filtro e vinhaça no campo e que o pecuarista faça a limpeza das áreas de pasto e confinamento, não deixando matéria orgânica em decomposição e evitando os resíduos e estercos.

Berne

A larva da mosca-berneira (Dermatobia hominis) causa a chamada dermatobiose, doença parasitária muito comum no território brasileiro e que é responsável por prejuízos que podem chegar a US$250 milhões anuais, segundo Grisi (2002), relacionados a diminuição da produção leiteira, gastos com mão de obra, medicamentos, desvalorização do couro e predisposição a outras doenças

O combate do berne é difícil no campo, pois as fêmeas da mosca Dermatobia hominis não se aproximam dos hospedeiros para depositar seus ovos, mas se utilizam de outras moscas vetores, como a mosca-dos-chifres, mosca-dos-estábulos e mosca doméstica para distribuir seus ovos. A D. hominis captura uma mosca de outra espécie durante o voo e deposita os ovos no abdômen da mosca capturada.

Estratégias de controle

Como mostramos, os ectoparasitas que atacam os bovinos são diversos e requerem atenção dos produtores rurais, para que perdas sejam minimizadas. A Bimeda é uma empresa global de saúde animal e possui um protocolo completo para ajudar no controle de cada um desses parasitas. Confira abaixo alguns dos produtos indicados!

Carrapatos:

Carvet: Carrapaticida que atua em todas as fases do carrapato do bovino (adultos e larvas). Tem atuação em cepas resistentes à ação de organofosforados e piretróides e é indicado para uso em várias espécies, inclusive em cães

Actyl pour on: Tem amplo espectro de ação e grande poder de proteção. A aplicação do medicamento promove efeito carrapaticida de longa duração que pode durar até 46 dias. Tem ação rápida, controlando os carrapatos em até 72 horas após a sua aplicação. O produto tem ainda ampla margem de segurança, até cinco vezes a dose terapêutica, sendo mais seguro para os animais e para o aplicador e menor necessidade do número de manejo, gerando menos estresse e mais ganho para os animais.

Bimectin: É um endectocida indicado no tratamento e controle de parasitos internos e externos dos bovinos. Tem atuação contra bernes e carrapatos adultos. Como vantagem, traz baixa toxicidade e prevenção contra as miíases (bicheiras).

Texvet: Medicamento indicado para uso tópico (pour-on), no combate aos carrapatos do gênero Boophilus microplus (adultos e imaturos); larvas de Dermatobia hominis (berne); moscas dos gêneros Haematobia irritans (adultos) e Dermatobia hominis (adultos). É facilmente aplicado nos animais, apresenta alta eficiência e baixo período de carência.

Mosca Doméstica:

Linha Texvet: Medicamento indicado para uso tópico (pour-on) ou pulverização , no combate aos carrapatos do gênero Boophilus microplus (adultos e imaturos); larvas de Dermatobia hominis (berne); moscas dos gêneros Haematobia irritans (adultos) e Dermatobia hominis (adultos). É facilmente aplicado nos animais, apresenta alta eficiência e baixo período de carência.

Thimetox 10: Indicado para o controle de moscas. Tem a função de atrair os insetos, por possuir açúcar e feromônio em sua formulação. As moscas morrem logo após a ingestão do produto. O Thimetox 10 ataca as moscas sem perturbar os animais e é uma alternativa para as moscas resistentes aos organosfosforados, carbamatos e piretróides, reduzindo, consequentemente, o período de carência para produção bovina de carne e leite. O produto possui baixa toxicidade para animais, pode ser aplicado por meio de pincelamento, pulverização, e/ou cordões embebidos e tem poder residual de até dois meses dependendo da forma de aplicação.

Mosca-do-chifre:

Linha Texvet: Medicamento indicado para uso tópico (pour-on) ou pulverização , no combate aos carrapatos do gênero Boophilus microplus (adultos e imaturos); larvas de Dermatobia hominis (berne); moscas dos gêneros Haematobia irritans (adultos) e Dermatobia hominis (adultos). É facilmente aplicado nos animais, apresenta alta eficiência e baixo período de carência.

Berne:

Lontal Pour On: Elimina larvas do berne e trata as bicheiras com praticidade e eficácia. É indicado para tratamento e controle das infestações causadas por larvas de Dermatobia hominis, miíases (bicheiras) causadas por larvas da Cochliomyia hominivorax e da infestação por mosca-do-chifre (Haematobia irritans) em bovinos. Entre seus benefícios estão a fácil aplicação em um único ponto, a ação sistêmica que elimina as larvas em todo o corpo e a eficácia em todas as fases da larva. Além disso, o produto é colorido, evitando a dupla aplicação.

Cidental: Indicado como repelente de moscas em geral (Musca domestica e Cochliomyia hominivorax), na cura e na prevenção das miíases (bicheiras) causadas por Cochliomyia hominivorax. Seus benefícios são: alto poder desalojante, matando as larvas fora da ferida, não queima das feridas e fácil aplicação. Sua embalagem não entope o bico e sua cor violeta permite a identificação dos animais já tratados.

Doracide: Indicado no tratamento, prevenção e controle de parasitas internos e externos de bovinos. Tem ação efetiva contra bernes, carrapatos e miíases. O medicamento tem atuação em amplo espectro e composição à base de doramectina a 1%.

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