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Última etapa de vacinação de Febre Aftosa tem mudanças, entenda como vai funcionar

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Atenção produtor rural! A última etapa de vacinação contra a Febre Aftosa no rebanho de bovinos e bubalinos do Brasil se inicia oficialmente em 01 de novembro de 2022. O ano é de novidade para os produtores rurais, por isso, é importante atenção à nova regra: nesta segunda etapa devem ser vacinados todos os animais, de todas as idades. Antes, nesse período, a vacinação era obrigatória, para os estados em que a vacina precisa ser feita, em animais de 0 a 24 meses.

A mudança para vacinação de animais de todas as idades neste ano atende pedido do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Saúde Animal (Sindan) para garantir a oferta de vacina e equacionar a demanda de imunização com o cronograma de produção da indústria.

Atendendo também a outra demanda do setor produtivo, o Ministério da Agricultura liberou que esta segunda etapa de vacinação se iniciasse em 01 de outubro. A alteração é interessante para aqueles produtores que fazem o manejo reprodutivo nos animais como, por exemplo, a Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF). 

É importante destacar que essas novas regras valem para os estados que compõem o chamado Bloco IV do Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PNEFA). São eles: Bahia, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Sergipe, São Paulo, Tocantins e Distrito Federal.

Em Mato Grosso, a decisão vale para todos os municípios, exceto os que já possuem o status de livres de Febre Aftosa sem vacinação, como Rondolândia e partes de Aripuanã, Colniza, Comodoro e Juína, por fazerem parte do Bloco I junto com os estados de Rondônia e Acre.

Brasil trilha caminho para se tornar totalmente livre de Aftosa sem vacinação

O Brasil tem trabalhado para se tornar um país livre de Febre Aftosa sem vacinação, o que deve abrir portas para novos mercados para a produção de carne do país, como o Japão, Coreia do Sul, Estados Unidos, México e países da União Europeia. Mesmo que alguns desses países já compram carne brasileira, analistas de mercado avaliam que é possível aumentar o volume exportado para essas nações com a retirada da vacinação obrigatória.

Ao todo, 70 países do mundo são classificados como livres de Febre Aftosa sem vacinação, o que traz ainda mais importância para o movimento brasileiro de retirar a obrigatoriedade da vacinação em todos os estados.

Esse trabalho, porém, deve ser feito com muito cuidado e atenção do Ministério, serviços de defesa agropecuária e produtor rural, para evitar a ocorrência de focos da doença. É por isso que os estados do chamado Bloco IV do Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PNEFA) ainda passam por avaliação do Ministério para retirada da vacinação, o que pode ocorrer em breve.

Em 2021, o Brasil gastou cerca de R$ 626 milhões com a compra de doses de vacina de Febre Aftosa. Os custos da vacinação devem ser ainda maiores, pois envolvem a perda do valor da carne para alguns mercados, mão de obra e aplicação da vacina.

Febre Aftosa

A Febre Aftosa é uma doença altamente contagiosa e que se espalha rapidamente pelo rebanho. Os animais contaminados apresentam como sintomas febre e aftas na boca, nas tetas e entre as unhas. Os bovinos e bubalinos doentes também mancam, têm arrepios e babam em excesso. Além disso, se isolam do restante do rebanho e param de comer e de beber água.

Transmitida por um vírus presente na saliva dos animais, a doença pode atingir bovinos, búfalos, caprinos, ovinos, suínos e animais silvestres que possuem casco fendido, ou seja, duas unhas.

Além de poder ser fatal para os animais jovens, a Febre Aftosa traz grande impacto para a economia, já que por se difundir rapidamente, países estabelecem barreiras comerciais a regiões com casos da doença, causando prejuízos financeiros e sociais.

A vacinação é fundamental para a erradicação e prevenção da Febre Aftosa. Quando confirmada a doença, o controle deve ser feito com o isolamento e o sacrifício dos animais contaminados. Quanto mais rápida a detecção da doença, mais veloz será a contenção e menores serão os prejuízos.

É importante que qualquer pessoa que verifique animais com sintomas da doença comunique imediatamente o serviço veterinário oficial para a inspeção dos animais e providências necessárias.

Aprenda a aplicar corretamente a vacina contra Febre Aftosa

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento faz as seguintes recomendações aos produtores rurais quanto a vacinação:

  • Compre vacinas somente em lojas registradas;
  • Verifique se as vacinas estão armazenadas entre 2ºC e 8º C;
  • Utilize caixa térmica no transporte, colocando três partes de gelo para uma de vacina e lacre;
  • Mantenha a vacina no gelo até o momento da aplicação;
  • Escolha o horário mais fresco do dia para reunir o gado;
  • Durante a vacinação mantenha a seringa e as vacinas na caixa térmica e use agulhas adequadas e limpas;
  • Agite o frasco antes de usar e aplique a dosagem correta em todos os animais: 2 ml;
  • A aplicação da vacina deve ser feita na tábua do pescoço, podendo ser no músculo ou abaixo da pele;
  • Não se esqueça de preencher a declaração de vacinação e entregá-la ao Serviço Veterinário Oficial do seu Estado, junto com a nota fiscal de compra do produto.

Alguns estados poderão iniciar vacinação em outubro

Alguns estados brasileiros poderão iniciar a vacinação contra Febre Aftosa em outubro deste ano, como Mato Grosso e Tocantins. No caso do Mato Grosso, segundo a Associação dos Criadores (Acimat), os produtores que trabalham com sistemas de manejo reprodutivo e que já estão com período de estação de monta definido, poderão requisitar ao Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea) a antecipação da vacinação para todo o mês de outubro. O objetivo é evitar perdas nos índices de fertilidade do rebanho.

Em Tocantins, a Agência de Defesa Agropecuária (Adapec) também informou que os produtores rurais que participarão de eventos agropecuários ou que estarão com animais em estação de monta poderão antecipar a vacinação para outubro. Os interessados precisarão se dirigir a uma unidade da Adapec e fazer requerimento com o pedido. Um médico-veterinário fará então a autorização para a compra da vacina.

Para as propriedades rurais localizadas no Baixo Pantanal Mato-grossense não houve alteração no calendário de vacinação, permanecendo até o dia 15 de dezembro para vacinar e até o dia 17 de dezembro para comunicar a vacinação ao Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea-MT).

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