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Clima seco e controle de verminoses: a prevenção é a melhor estratégia!

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O período seco se inicia no Brasil e com ele um problema começa a rondar as propriedades de produção de animais: as verminoses. Essa doença parasitária é causada por diversas espécies de vermes e ocorre em bovinos, caprinos e ovinos de todas as idades, sendo mais grave em animais jovens.

A contaminação dos animais ocorre pela via oral, com larvas presentes na pastagem ou no alimento e água contaminados, por isso, a ocorrência chega a ser maior durante o período seco.

Os especialistas consideram as verminoses inimigas silenciosas do rebanho, já que muitas vezes seus sintomas não são facilmente identificados pelos produtores rurais, causando prejuízos bilionários para todo o setor.

Diante deste cenário, os produtores rurais não podem se descuidar. É tempo de prevenir as verminoses e trabalhar no controle estratégico desses parasitas com o objetivo de manter a saúde, o ganho de peso e a produtividade dos animais!

Neste artigo, vamos te ajudar a entender melhor essa doença e saber o que fazer para mantê-la bem longe da sua propriedade, mesmo nesta época de estiagem. Acompanhe! 

Inimigo invisível

As verminoses são causadas por parasitos internos que se alimentam das vitaminas, proteínas, açúcares e sais minerais, ingeridas pelos animais, que são chamados de hospedeiros. Alguns vermes são sugadores, ou seja, tiram o sangue do hospedeiro para se alimentar, fazendo com que, principalmente, os mais jovens, sem resistência, apresentam forte anemia.

Na época seca, os bovinos são mais infectados. Nesse período, com a diminuição da quantidade e qualidade das pastagens, os problemas de verminoses se agravam e os animais perdem peso e têm menos resistência. É importante lembrar que os bovinos bem nutridos suportam os melhores efeitos das verminoses.

Segundo os especialistas, quando o produtor não percebe as infecções, os animais passam vários meses perdendo peso, o que atrasa o desenvolvimento, por isso, a importância em ficar atento às infecções no rebanho para iniciar o protocolo de tratamento rapidamente. 

Prejuízo de milhões!

De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), as verminoses bovinas podem reduzir de 20% a 30% a produção de leite e carne. Pesquisa da Universidade Estadual Paulista (Unesp), mostra que essas doenças causam prejuízo de 30 a 70 kg por ano em bovinos de corte.

Para se ter ideia, os prejuízos causados apenas por nematoides, um dos parasitos internos dos bovinos, são estimados em US $7,11 bilhões no Brasil. Embora possam ser parasitados em todas as faixas etárias, os bovinos jovens são mais susceptíveis às nematodioses.

Outros prejuízos ocorrem com o comprometimento da reprodução dos animais; interferência na absorção, com lesão da parede do intestino; hemorragia; anemia; diarreia; e desvio dos nutrientes. 

Controle no período seco

As verminoses precisam ser uma preocupação dos produtores rurais durante todo o ano, mas é no inverno que elas demandam mais atenção. Isso porque nesta época, os animais de vida livre sofrem mais com esses parasitas, devido às pastagens secas e deficientes.

Para evitar o problema, os produtores rurais precisam evitar lotações altas no pasto, realizar o rodízio de pastagem a fim de evitar novas infestações, ofertar água limpa aos animais e garantir a limpeza dos espaços.

A aplicação dos vermífugos é outro ponto fundamental. 

Controle estratégico

Existem diversos tipos de controle das verminoses como o controle curativo, supressivo, tático e estratégico. De acordo com especialistas da Embrapa, o controle estratégico é o mais eficiente deles, por reduzir a carga parasitária dos bovinos de corte e de leite antes que as verminoses causem prejuízos à saúde e ao desempenho produtivo dos animais.

Com essa técnica é possível prevenir as verminoses e prolongar a vida útil dos vermífugos, já que a redução da carga parasitária diminui a probabilidade de resistência aos medicamentos.

Na prática, para fazer o controle estratégico, o produtor rural faz a aplicação dos vermífugos antes do início dos períodos de chuvas. É nesta época que os vermes estão nos animais e não nas pastagens, por isso, o efeito dos medicamentos é muito superior, já que os vermes ficam mais expostos à ação dos antiparasitários. Como demonstra o gráfico "Incidência X Período ano": 

Durante o inverno, os vermes em sua forma larval no pasto decaem devido ao ambiente seco e frio, o que também desfavorece que o animal se re-infeste. Por outro lado, a população de parasitas dentro do animal tende a se manter alta. 

Ao fazer o controle estratégico, o produtor garante que os animais entrarão no período chuvoso com uma carga parasitária mínima, diminuindo a contaminação das pastagens por ovos.

A Embrapa recomenda o seguinte protocolo de vermifugação estratégica:

1ª vermifugação: segunda quinzena de abril até o final da primeira quinzena de maio (época da vacinação contra febre aftosa).

2ª vermifugação: primeira quinzena de julho.

3ª vermifugação: segunda quinzena de agosto ou de setembro

4ª vermifugação: primeira quinzena de dezembro

Esta quarta vermifugação, de acordo com os pesquisadores, pode deixar de ser realizada com o tempo, já que os animais terão as verminoses controladas e a disponibilidade de forrageiras aumentada por causa do bom manejo, o que ajudará no controle das verminoses.

É importante lembrar que o controle das verminoses deve se iniciar a partir dos dois a três meses após o desmame e a vermifugação deve ocorrer a cada 60 ou 90 dias. 

Protocolo Bimeda para controle de verminoses

A Bimeda , empresa global de saúde animal, possui um protocolo completo de produtos para controle das verminoses. Os medicamentos são indicados para uso até os primeiros 12 meses de idade dos bovinos de corte e leite, após um ano, na entrada no confinamento, na extensão e em vacas lactantes.

O Bimectin 3.5% é um dos medicamentos Bimeda indicados para o controle de larvas de Dermatobia hominis (berne) e nematódeos gastrintestinais (vermes internos) do gênero Cooperia punctata, C. spatulata, C. Pectinata, Haemonchus placei, Trichostrongylus axei, Oesophagostomum radiatum, Trichuris discolor e Bunostomum phlebotomum. Com formulação de ação mais longa, o produto reduz o número de manejos necessários e protege os rebanhos contra os principais parasitas internos e externos.

Os produtores rurais também podem contar com o Doracide, indicado para o tratamento, prevenção e controle de vermes gastrointestinais como Trichostrongylus axei, Trichostrongylus colubriformes, Cooperia pectinata, Haemonchus placei, Oesophagostomum radiatum, Cooperia punctata e Trichuris discolor, além de bernes de larvas de Dermatobia hominis. O produto também previne as instalações das bicheiras causadas por larvas de Cochliomyia hominívorax.

O Eprifort 1% também compõe o portfólio Bimeda contra verminoses. O medicamento é usado para tratamento das infestações causadas por nematódeos gastrintestinais na forma adulta, larvas de bernes e mosca do chifre. Produzido a partir da molécula mais moderna entre as avermectinas, o medicamento é ainda fácil de ser aplicado e possui período zero de carência.

Outro produto importante para o controle das verminoses é o Moxisolv, indicado para o tratamento e controle dos parasitas internos dos bovinos. O produto pode ser administrado com segurança em bovinos jovens e adultos, inclusive bezerros e fêmeas prenhes.

Ao longo desse artigo pudemos ver que a prevenção é a melhor estratégia para o controle das verminoses e que neste momento, o produtor rural precisa demandar ainda mais atenção ao tema!

Fique atento e peça orientação de um médico-veterinário de confiança para realizar o manejo estratégico dessa doença. Conte sempre com a Bimeda para manter a saúde do seu rebanho e deixar as verminoses bem longe da sua propriedade! 

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