Aminoácidos essenciais e performance reprodutiva em fêmeas bovinas
A reprodução animal está no centro da rentabilidade da pecuária de corte e leite, mas garantir bons índices reprodutivos não depende apenas de manejo ou genética. A nutrição tem peso decisivo nesse processo, e dentro dela, os aminoácidos essenciais (AAEs) surgem como protagonistas.
Pesquisas e experiências de campo vêm mostrando que a suplementação injetável de AAEs pode ser uma ferramenta estratégica para melhorar a performance reprodutiva das fêmeas bovinas. A prática complementa a dieta tradicional e fornece nutrientes de forma direta e imediata, especialmente nos momentos de maior exigência metabólica.
Função ovariana mais eficiente
Aminoácidos como metionina, lisina, leucina e arginina estão ligados à síntese de hormônios reprodutivos e à maturação folicular. Na prática, isso significa maior taxa de crescimento folicular, melhor qualidade dos ovócitos e ovulação mais eficiente.
Nutrientes que viram hormônios e neurotransmissores
Alguns AAEs atuam como precursores de moléculas sinalizadoras que regulam todo o eixo reprodutivo. O triptofano, por exemplo, dá origem à serotonina e à melatonina, que influenciam a liberação de GnRH e modulam o ciclo estral. Já a fenilalanina e a tirosina originam dopamina e noradrenalina, fundamentais para a liberação de prolactina, FSH e LH.
Produção de hormônios peptídicos
FSH, LH e insulina são hormônios de natureza proteica. Sua síntese depende diretamente de aminoácidos como lisina, treonina e metionina. Quando esses nutrientes estão em falta, a produção hormonal cai, prejudicando o desenvolvimento folicular e a liberação do oócito.
Transporte de hormônios esteróides
Progesterona e estradiol, essenciais para a reprodução, precisam de proteínas transportadoras para circular no sangue. Essas proteínas, como albumina e globulinas, também têm nos aminoácidos sua principal matéria-prima. Sem eles, mesmo que o hormônio seja produzido, sua ação no organismo pode ser limitada.
Apoio no período pós-parto
O pós-parto é marcado por forte déficit energético e proteico. Essa condição retarda o retorno da fêmea no cio. A suplementação injetável de AAEs ajuda a reduzir o estresse metabólico, favorecendo a recuperação uterina e acelerando o retorno à ciclicidade.
Disponibilidade imediata em fases críticas
Durante a transição e o início da lactação, muitas vacas não ingerem proteína de qualidade em quantidade suficiente. O fornecimento injetável garante que os aminoácidos cheguem diretamente ao sangue e ao fluido folicular, sem depender da digestão ruminal. Isso assegura maior disponibilidade nos momentos decisivos para a reprodução.
A adoção dessa prática reforça um ponto central da pecuária moderna: cuidar da base nutricional é investir na eficiência produtiva e no futuro do rebanho.
Dessa forma, cuidar da base nutricional do rebanho não é apenas uma questão de saúde animal, mas também uma estratégia de investimento inteligente, que alia produtividade e rentabilidade.
Para saber mais sobre saúde e bem-estar animal, continue acompanhando o blog da Bimeda. Aqui você encontra informações de qualidade para apoiar o manejo e a produtividade da sua fazenda.
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