Miíase em bovinos: por que o verão aumenta os casos e como agir rápido para evitar perdas
O início do período das águas é aguardado com expectativa pelos produtores rurais. Afinal, pasto renovado, melhor condição corporal dos animais e boas perspectivas produtivas fazem parte desse momento.
Mas esse cenário positivo também traz um alerta importante para o produtor rural: é nessa época que os casos de miíase, conhecida como bicheira, aumentam de forma significativa.
O clima quente e úmido, comum do início do verão até março, cria o ambiente ideal para a multiplicação das moscas, principalmente a Cochliomyia hominivorax. Com isso, feridas pequenas, muitas vezes passadas despercebidas, tornam-se portas de entrada para as larvas.
Neste artigo, vamos te explicar como agir caso a miíase atinja o rebanho e como reduzir as perdas na propriedade. Acompanhe!
O que é a miíase e como ela se desenvolve?
A miíase é uma infestação causada por larvas de moscas que se alimentam dos tecidos vivos dos animais. O problema começa quando a mosca deposita seus ovos em feridas abertas, lesões na pele ou regiões naturalmente mais úmidas.
Após a eclosão, as larvas penetram rapidamente na pele, provocando dor, inflamação e destruição do tecido e a evolução é rápida e agressiva. Sendo assim, o quadro pode se agravar em poucos dias se não houver intervenção.
Por isso, o tempo é um fator decisivo. Quando o tratamento não é iniciado nas primeiras 24 a 48 horas, aumentam os riscos de infecção secundária, perda de peso, queda de desempenho produtivo e até morte do animal.
Por que o início das águas favorece a miíase?
O aumento dos casos de bicheira no verão não acontece por acaso. O calor e a umidade aceleram o ciclo de vida das moscas, permitindo que elas se reproduzam mais rapidamente.
Além disso, ambientes úmidos dificultam a cicatrização das feridas, prolongando o período em que a pele fica exposta. Com maior presença de moscas varejeiras no ambiente, o risco de infestação aumenta consideravelmente.
É nesse momento que ocorre uma "explosão populacional" das moscas, tornando o controle ainda mais desafiador.
Situações mais comuns que levam à bicheira
No dia a dia da fazenda, várias situações podem favorecer o aparecimento da miíase. Entre as mais frequentes estão:
- Umbigo de bezerros logo após o nascimento;
- Feridas de castração;
- Marcações, descorna e outros manejos;
- Lesões causadas por acidentes;
- Feridas provocadas por carrapatos;
- Dermatites e problemas de pele.
A boa notícia é que a maioria desses casos pode ser evitada com protocolos adequados de manejo e prevenção em cada etapa.
Como identificar a miíase logo no início?
Identificar a bicheira nos estágios iniciais faz toda a diferença no sucesso do tratamento. Alguns sinais merecem atenção, como o animal mais inquieto, lambendo ou coçando constantemente a região afetada, a presença de feridas úmidas com cheiro forte característico, pequenas larvas visíveis na superfície e dor ao toque.
Em casos mais avançados, o quadro pode evoluir para cavidades profundas com tecido necrosado, além do isolamento do animal e da redução do apetite. Por isso, a observação diária do rebanho é uma das ferramentas mais importantes para evitar complicações e perdas maiores.
O que fazer ao identificar um caso de miíase
Ao confirmar um caso de miíase, o manejo precisa ser imediato. O primeiro passo é a remoção manual das larvas, seguida da limpeza adequada da ferida. Esse cuidado inicial é essencial para interromper o avanço da infestação.
Conte com as soluções Bimeda que auxiliam no controle e na recuperação da lesão
Actyl Pour-On: indicado para a eliminação rápida das larvas ativas.
Cidental Unguento: contribui para a cicatrização e proteção da ferida, além da ação antisséptica e repelente.
Lontal Pour-On: auxilia no controle das moscas, reduzindo o risco de novas infestações e reinfestações.
Doracide: endectocida de amplo espectro que auxilia no controle de parasitas internos e externos, contribuindo para a prevenção de novos casos de miíase e para a saúde geral do rebanho.
O uso desses produtos faz parte de um manejo integrado e deve seguir sempre a orientação técnica.
Prevenir sempre será a melhor estratégia
No período das águas, a prevenção precisa ser rotina. Algumas práticas simples ajudam a reduzir significativamente os casos:
- Inspeção frequente dos animais;
- Atenção especial a feridas recentes;
- Cura correta do umbigo dos bezerros;
- Controle contínuo de moscas;
- Protocolos bem definidos para os manejos.
Essas ações evitam prejuízos e reduzem a necessidade de intervenções emergenciais.
A miíase é um problema que evolui rápido e não dá margem para demora. No início das águas, quando a pressão das moscas aumenta, agir ao primeiro sinal faz toda a diferença.
Cuidar das feridas, manter protocolos preventivos e responder rapidamente aos casos são atitudes essenciais para manter o rebanho saudável e produtivo.
Para definir o protocolo mais adequado para a sua propriedade, consulte a equipe técnica da Bimeda.
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