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IATF é excelente estratégia para reprodução de bovinos de corte e leite, mas produtor precisa estar atento para ter sucesso

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Produtor de gado de corte e de leite, você faz inseminação artificial em tempo fixo (IATF) na sua propriedade? Se ainda não faz, confira esse artigo e saiba como aplicar essa tecnologia, que aumenta a taxa de prenhez, melhora geneticamente o rebanho e possibilita o controle da reprodução dos animais! 

O que é IATF?

De forma simples, a IATF é uma associação entre o uso de inseminação artificial e o uso de protocolos de sincronização da ovulação das fêmeas da propriedade. Os ganhos observados com a tecnologia são decorrentes do controle reprodutivo, já que a IATF permite a indução e a sincronização da ovulação das fêmeas bovinas através de protocolos hormonais.

Ao contrário do modelo de observação do cio, que é sujeito a um manejo mais disperso, a IATF possibilita estabelecer um calendário de inseminação e fazer o procedimento de todas as vacas em um mesmo dia – mesmo em rebanhos numerosos.

Desta forma, o produtor pode escolher o período que melhor se ajusta aos seus objetivos, seja para o gado de corte ou para o de leite, a partir de diferentes opções de protocolos e estratégias.

Vantagens

Entre as vantagens do uso da tecnologia, estão:

· Possibilidade de realizar diferentes cruzamentos;

· Melhora da padronização do rebanho e da carcaça;

· Controle sanitário mais eficiente;

· Aumento no número de nascimentos no rebanho;

· Viabilização do melhoramento genético de forma mais rápida.

Nascimento em época correta traz ganho de peso nos animais

Segundo pesquisadores do Departamento de Reprodução Animal da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP, estudos mostram que a IATF possibilita o nascimento dos bezerros no início da estação de monta.

Nascer nessa época significa, de acordo com os pesquisadores, ganho adicional de 20 kg no peso ao desmame quando comparado a bezerros nascidos no final da estação de monta (Bo et al., 2007; Baruselli et al., 2018; Baruselli, 2019).

Uso da técnica cresceu nos últimos 20 anos

Dados compilados pela USP mostram que em 2022, os pecuaristas brasileiros compraram mais de 25 milhões de protocolos para IATF, uma redução de 5% quando comparado ao ano anterior. Mesmo com a queda das vendas, os pesquisadores verificaram um aumento no percentual de animais inseminados com a tecnologia: em 2021, o percentual era de 93% e passou para 97% em 2022.

Ao longo dos últimos 20 anos, houve um crescimento significativo no emprego da IATF entre os produtores rurais. Segundo cálculos da USP, a taxa de crescimento anual composta da IATF de 2002 a 2022 foi de 31,8%.

05 dicas para obter sucesso com a IATF

Todas essas vantagens da IATF só se concretizam se a tecnologia for utilizada de forma correta. Para isso, o produtor rural precisa ter conhecimento e seguir um passo a passo importante. Abaixo, vamos dar algumas dicas, com base em documentos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa):

Dica 1: atenção ao escore corporal da fêmea

A condição corporal da fêmea influencia diretamente o resultado da técnica de IATF. Quanto mais magras as vacas, pior será a taxa de prenhez. O escore chamado de 3 é o limite mínimo para entrar com a tecnologia. Os pesquisadores da Embrapa também lembram que as vacas paridas devem ter no mínimo 30‒35 dias de pós-parição para poderem entrar no programa de IATF. Por isso, o produtor deve fazer o controle individual de cada animal, numerando-os e identificando-os.

Dica 2: tenha uma equipe treinada

Sem uma equipe bem treinada, os índices reprodutivos podem ser prejudicados. Desde a condução dos animais ao curral até o bom desempenho do inseminador são cruciais para um bom resultado. Consulte um médico-veterinário de confiança para uma melhor orientação da equipe. Ele poderá escolher o melhor protocolo hormonal para cada categoria de fêmea.

Dica 3: mantenha uma infraestrutura adequada

 Segundo os especialistas da Embrapa, um dos grandes gargalos na realização da IATF é a falta de infraestrutura adequada nas propriedades. Para o sucesso na inseminação, é importante que a fazenda tenha tronco, curral, piquetes, bebedouro e cerca.

As propriedades sem um bom curral com tronco de contenção e piquetes com água certamente terão índices de prenhez afetados de forma negativa.

Dica 4: utilize sêmen de boa qualidade

Utilizar sêmen com alta qualidade e com bons índices de prenhez aumenta a eficiência reprodutiva dos animais, ou seja, mais bezerros irão nascer na propriedade. Os pesquisadores da Embrapa alertam, porém, que é importante o produtor usar touros com bons índices genéticos, pois assim a propriedade terá um aumento de bezerros de melhor qualidade.

Dica 5: se planeje antes de realizar a IATF

Nunca é demais lembrar: faça um bom planejamento antes de inseminar as vacas. Verifique a quantidade dos insumos a ser utilizada e os sêmens dos touros, por exemplo. 

IATF é com a Bimeda

A Bimeda pode ajudar a empregar a IATF da melhor forma possível nas propriedades. A empresa global de saúde animal tem no mercado três produtos utilizados para a realização da Inseminação Artificial em Tempo Fixo, são eles:

Sincroben: produto utilizado na sincronização da onda de desenvolvimento folicular ou sincronização de cio com dispositivos e implantes de progesterona, indicado para a indução da ovulação e em protocolos de IATF. O Sincroben pode ser utilizado em diferentes protocolos de sincronização de cio e IATF, melhorando os índices reprodutivos e trazendo mais controle sobre o manejo reprodutivo da propriedade.

Biprogest: dispositivo intravaginal em forma de T impregnado com 1,25 g de progesterona de liberação lenta. É utilizado para a regulação do ciclo estral em bovinos, programas de IATF e de superovulação de doadoras em tempo fixo (TETF) e sincronização de receptoras.

Clocio: indicado para estro não detectável, ou seja, o cio silencioso. O produto tem alta eficiência, melhora os índices reprodutivos e traz maior controle sobre o manejo reprodutivo da propriedade. Na IATF a aplicação do Clocio (PGF) visa reduzir as concentrações circulantes de progesterona, para permitir o final do crescimento folicular até o estágio compatível com a ovulação. Quando utilizado junto ao Biprogest a retirada do implante deve ser sincronizada com a aplicação do Clocio, que pode ser usado após a confirmação e o produto deve observar o cio antes da inseminação.

E aí, gostou das dicas? Então continue acompanhando o blog da Bimeda e saiba tudo sobre como melhorar sua produção!

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