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Calor e umidade do verão são prato cheio para mastite em vacas leiteiras. Saiba o que fazer!

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As altas temperaturas do verão aliadas a umidade característica desta época do ano são o combo perfeito para o aumento da incidência da mastite em vacas leiteiras.

Os produtores precisam redobrar a atenção, principalmente, pelo aumento dos registros das chamadas ondas de calor, que se caracterizam por temperaturas acima da média por um período superior a cinco dias. Nos últimos 60 anos, as ondas de calor aumentaram 642% no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Neste artigo, vamos te explicar porque a ocorrência da mastite aumenta no verão e o que o produtor pode fazer para reduzir os efeitos das altas temperaturas no bem-estar das vacas leiteiras. Acompanhe!

Mas antes... o que é mastite?

Segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a mastite é uma inflamação da glândula mamária, geralmente causada pela infecção de microrganismos.

As bactérias são os principais microrganismos causadores da doença e mais de 100 tipos diferentes podem transmitir a mastite nas vacas leiteiras, sendo as mais comuns a Staphylococcus aureus, Streptococcus agalactiae, Mycoplasma, Corynebacterium bovis, Klebsiella sp, Strep dysgalactiae, Pseudomonas aeruginosa, Staph coagulase negativo, Candida species, E. coli e Strep uberis

A mastite pode ser classificada como clínica e subclínica. No primeiro caso, é possível observar alterações clínicas no leite e em casos mais graves alterações fisiológicas no animal, como dor e inchaço na mama, febre, perda de apetite e desidratação. Já a mastite subclínica é caracterizada por ser silenciosa, não sendo detectada a olho nu, por isso, o diagnóstico é feito por teste a campo (CMT) ou laboratorial (CCS).

Mastite X verão

As condições de temperatura e umidade do verão são ideais para a proliferação de microrganismos e o aumento do estresse térmico das vacas, o que piora a imunidade do rebanho. De acordo com especialistas, o excessivo calor do verão aumenta a temperatura corporal das vacas, gerando estresse térmico e podendo representar um fator crítico para a saúde dos animais.

As vacas estressadas pelo calor tendem a reduzir a ingestão de alimento, diminuem a produção de leite e até mesmo a sua fertilidade! Estudos apontam que em fazendas que não possuem sistemas de resfriamento animal adequado, como ventiladores e aspersores de água, o estresse térmico pode causar redução de até 50% na produção de leite.

Segundo pesquisa publicada na revista científica Ciência Animal Brasileira e produzido por pesquisadores da Universidade Federal de Santa Maria Universidade Federal de Pelotas, as altas temperaturas predispõe ao estresse térmico de vacas em lactação, que conduz à menor circulação sanguínea na glândula mamária, resultando na diminuição da produção e, consequentemente, na concentração de células somáticas ao leite. .

Outro ponto importante para o aumento da ocorrência da mastite no verão tem a ver com a higiene. O aumento das temperaturas costuma fazer com que as vacas se aglomeram em torno de árvores ou áreas de sombra, acumulando esterco e urina. Ao caminharem, os movimentos das pernas podem transportar contaminantes ao redor do úbere, aumentando também a incidência da mastite.

Esta situação é ainda agravada pela maior ocorrência de chuvas, que resulta em mais lama e, consequentemente, maior ocorrência de efeitos negativos na higiene dos animais.

Prejuízos

De acordo com pesquisadores da Embrapa, estudos realizados no Brasil mostram que vacas infectadas com mastite subclínica produzem de 25% a 42% menos leite, em média, do que animais sem contaminação. Isso é ainda pior em animais com estresse térmico, que podem reduzir de 40 a 50% a produção de leite.

Nos Estados Unidos, o custo estimado por vaca, por ano, devido a ocorrência de mastite é de cerca de US$ 185, o que corresponde a um custo anual superior a US$ 1,8 bilhão. Segundo os pesquisadores, esse valor corresponde a, aproximadamente, 10% do total de leite vendido pelos produtores rurais americanos. 

Como prevenir a mastite no verão?

Além das práticas habituais para prevenir a ocorrência da mastite, relacionadas a higiene, bem-estar dos animais e cuidados na ordenha, o produtor precisa se atentar a alguns pontos a mais durante o verão, como:

  • Utilizar sistema adequado de resfriamento (ventiladores, aspersores e nebulizadores);
  • Disponibilizar sombreamento suficiente para as vacas;
  • Realizar a oferta ilimitada de água fresca e limpa;
  • Reduzir as distâncias de deslocamento dos animais;
  • Realizar a ordenha nas horas mais frescas do dia;
  • Garantir uma higiene rigorosa pré-dipping, pós-dipping e limpeza de todas instalações, tubulações e equipamentos;
  • Proporcionar ambiente limpo e seco para os animais a fim de reduzir a exposição deles a patógenos;
  • Oferecer dieta adequada para fortalecer o sistema imunológico;
  • Acompanhar constantemente a saúde dos animais para detecção precoce de sinais de mastite;
  • Evitar o manejo dos animais (vacinação, pesagem, inseminação, controle de parasitos e etc) durante os momentos mais quentes do dia;
  • Realização do teste de caneca de fundo preto todos os dias, preferencialmente na primeira ordenha e em todos tetos de todos os animais;
  • Realização do teste CMT (california mastitis test) pelo menos uma vez por mês em todos os animais em lactação.
  • Ordenhar as vacas com mastite separadamente e medicar os animais de acordo com orientação do médico-veterinário. 

Controle da mastite

Muitos são os cuidados para evitar a ocorrência da mastite na propriedade rural, mas caso as vacas se contaminem, procure um médico-veterinário o mais rápido possível para iniciar o tratamento adequado. A Bimeda, empresa que tem compromisso com a saúde animal, possui um portfólio completo de produtos para o tratamento da mastite clínica e subclínica. São eles:

Solucef PPU: é um antibiótico a base de Ceftiofur 5%, uma cefalosporina de terceira geração, com rápida biodisponibilidade e amplo espectro de ação, sendo ativo contra bactérias gram-positivas e gram-negativas, incluindo cepas produtoras de beta-lactamase. Em bovinos, o medicamento é indicado para tratamento de infecções causadas por Escherichia coli e Streptococcus dysgalactiae. O produto tem como benefícios o descarte zero do leite, rápida ressuspensão e fácil aplicação, já que é pronto para usar.

Masticine L: é indicado para vacas em lactação no tratamento de mastites agudas e crônicas causadas por bactérias gram-positivas, como Staphylococcus aureus, Streptococcus uberis, Streptococcus dysgalactiae, Streptococcus agalactiae e Corynebacterium bovis, e bactérias gram-negativas como Escherichia coli e Klebsiella spp. Tem como benefícios a cura mais rápida, o amplo espectro e a rápida difusão. Além disso, tem menor ocorrência de resistência e recidivas e reduz o processo inflamatório.

Gostou das dicas? Então continue acompanhando o blog e as redes sociais da Bimeda para informações atualizadas que vão te ajudar a manter a saúde e o bem-estar dos animais da sua propriedade! 

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