By Super User on Monday, 05 November 2018
Category: Notícias

Novembro: aftosa e mês do manejo na pecuária

No campo, o mês de novembro é marcado pela segunda etapa da vacinação obrigatória contra a febre aftosa em praticamente todos os estados brasileiros. Esta prática é a que possibilita o Brasil ser considerado um país livre da doença pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). O estado de Santa Catarina não vacina o rebanho desde 2000 e é reconhecido, desde 2007, como área livre da aftosa sem vacinação.

Muitos pecuaristas, principalmente os produtores de gado de corte, aproveitam a ida do rebanho para o curral, em novembro, em decorrência da vacinação e definem, no mesmo período, a realização de outros procedimentos importantes para a proteção e cuidado dos animais, como a vermifugação, promovendo assim, o mês do manejo. Acompanhe a leitura e entenda como o manejo planejado pode ajudar na produtividade da fazenda e evitar danos aos animais, além de informações importantes sobre a hora de vacinar.

  Manejo racional e menos riscos ao rebanho

Quando o produtor precisa deslocar o gado para outras áreas para realização de algum procedimento, há sempre o risco de algum animal se machucar ou acontecer algum acidente que comprometa seu desempenho. Desta forma, muitos produtores aproveitam da ida do rebanho para o curral para a aplicação obrigatória da vacina contra a febre aftosa e incluem outras ações de prevenção no mesmo período, reduzindo assim, o número de manejos no ano.

Para que o processo seja feito de forma cuidadosa e responsável, é preciso planejar e definir com antecedência quais procedimentos serão realizados, quais as pessoas responsáveis e estabelecer uma divisão entre os animais. É recomendável também ficar atento às condições das instalações do local e certificar-se de que o piso do curral não está sujo nem encharcado para receber os animais, evitando assim escorregões e quedas.

Outra recomendação importante é percorrer o caminho por onde o rebanho irá passar para checar se não há nada que possa causar um acidente, como pregos salientes, pedras soltas no chão e buracos.

  Administração de antiparasitários

É sabido que os parasitas são responsáveis por perdas bilionárias no agronegócio. Sendo assim, ao levar o gado para a vacinação contra a febre aftosa, muitos produtores realizam também a administração de antiparasitários nos animais. Com base em estudos, é possível afirmar que um programa estratégico de vermifugação é o modo mais eficaz de se combater esse mal.

Pesquisas realizadas ao longo de seis anos, em bovinos Nelores no centro-oeste do Brasil, mostraram que houve um ganho de peso médio superior a 41 quilos em animais vermifugados com base em um programa estratégico, que atua com foco na prevenção. Em outra pesquisa, pode-se observar a diferença de 67 quilos no ganho de peso por animal entre os grupos tratados e não tratados na região sul do País.

As principais recomendações de especialistas baseiam-se na antecipação dos cuidados que incluem a manutenção em dia da vermifugação do rebanho e o cumprimento estrito das regras de manejo sanitário.

  Cuidados com a vacinação

Atualmente o rebanho brasileiro de bovinos e bubalinos é de 217.493.867, de acordo com números do Ministério Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Mato Grosso com 30 milhões de animais, seguido de Minas Gerais com 23,3 milhões de cabeças, são os estados com maior número de animais. A cidade campeã é São Félix do Xingu, no Pará, com 2,2 milhões de cabeças. Para garantir a qualidade e a eficácia da vacinação contra febre aftosa e, assim, estabelecer cada vez mais ganhos e ter um gado saudável, o governo passa as seguintes orientações: