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Aprenda mais sobre a mastite e deixe essa doença bem longe do seu rebanho

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Os produtores de leite do Brasil e do mundo têm uma preocupação constante com o rebanho: a ocorrência de mastite, uma inflamação da glândula mamária das vacas causada, na maioria das vezes, por bactérias e fungos. A doença causa perda na produção e qualidade do leite, perda dos animais e ainda risco à saúde humana, segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

Considerada a principal doença que afeta os rebanhos leiteiros do mundo, a mastite causa perdas econômicas estimadas em US$ 1,8 bilhões de dólares por ano nos Estados Unidos e redução de 12% a 15% na produção de leite no Brasil. De acordo com o National Mastitis Council, cada vaca com mastite gera, em média, US$ 184 dólares de prejuízo por ano.

Neste artigo, vamos te explicar tudo sobre a mastite e te auxiliar a prevenir e tratar esse problema na sua propriedade. Acompanhe! 

Tipos de mastite

Existem quatro tipos de mastite, a aguda, a crônica, a apostematosa e a gangrenosa. Os especialistas, porém, explicam que mais importante do que definir o tipo de mastite, é identificar se a doença pode ser considerada como clínica ou subclínica no rebanho.

A mastite clínica é caracterizada pela manifestação de sinais e sintomas nos animais, como a ocorrência de edemas, o aumento da temperatura do úbere, o endurecimento e a dor da glândula mamária. Outros sinais da ocorrência da mastite clínica são o aparecimento de pus, grumos ou qualquer alteração visível das características do leite.

A mastite subclínica é a que mais prevalece nos rebanhos, chegando a ser 95% dos casos de ocorrência da doença. Ela se caracteriza pelas alterações na composição do leite, com o aumento na contagem de células somáticas (CCS), aumento no teor de cloro, sódio e proteínas séricas, além da diminuição nos teores de caseína, lactose e gordura do leite.

Neste tipo de mastite não há sinais evidentes da doença, por isso, o produtor precisa realizar testes auxiliares como o California Mastitis Test (CMT), o Winsconsin Mastitis Test (WMT) e a Contagem Eletrônica de Células Somáticas (CECS).

Agente causal

Um outro modo de dividir conceitualmente a mastite é com base no agente causal, que pode ser contagioso ou ambiental.

A mastite contagiosa se caracteriza por apresentar poucos casos clínicos e muitos subclínicos, geralmente crônicos, e alta contagem de células somáticas (CCS). Esse tipo de mastite é causada por patógenos cujo habitat preferencial é o interior da glândula mamária e a superfície da pele dos tetos.

A transmissão é quase que exclusivamente durante a ordenha, pois é necessário que exista uma ligação entre um quarto infectado e um sadio. As teteiras e as mãos dos ordenhadores, além dos panos e esponjas usados na secagem dos tetos, são grandes disseminadores da doença.

Já a mastite ambiental é causada por agentes que vivem no mesmo local da vaca, em ambientes que apresentam esterco, urina, barro e camas orgânicas. É na sua maioria crônica e aguda, ocorrendo preferencialmente no pré e pós-parto imediato.

Pela característica dos microrganismos envolvidos, as infecções da mastite ambiental ocorrem principalmente no período entre as ordenhas. É impossível erradicar esse tipo de mastite, ao contrário da contagiosa, já que os microrganismos estão em todo o ambiente. Além disso, dada a grande disseminação dessas bactérias, todas as categorias animais estão sob risco, como vacas em lactação, secas e novilhas.

De certa forma, a presença de mastite ambiental é bom sinal, segundo os especialistas, pois significa que há espaço para que as bactérias ambientais infectem o rebanho. Quando o manejo e a higiene são deficientes, a mastite contagiosa é de longe a mais frequente.

Prejuízo causado pela mastite

Estudos indicam que o custo de um caso clínico de mastite gira em torno de US$ 107 dólares, sendo que 85% desse valor é devido ao descarte de leite. Um único quarto infectado pode deixar de produzir 725 kg de leite em uma lactação.

Prevenção é o melhor remédio!

De acordo com pesquisadores da Embrapa, a mastite é uma doença de manejo, por isso, o produtor precisa trabalhar preventivamente no seu controle.

Quando os índices da doença se elevam, significa que uma ou mais ações de manejo estão sendo feitas de forma inadequada. Para o manejo correto, o pecuarista precisa considerar todo o processo realizado diariamente na propriedade.

Veja algumas dicas de como fazer o manejo corretamente dos animais e deixar a mastite longe do dia a dia do seu rebanho:

  • Faça a manutenção correta dos equipamentos utilizados na ordenha mecânica;
  • Verifique se o nível de vácuo está de acordo com o recomendado, uma vez que o excesso ou diminuição do vácuo são fatores importantes para o aparecimento de mastite;
  • Se a mastite clínica for identificada, retire o animal do recinto e o ordenhe após os animais sadios;
  • Dependendo da gravidade da mastite, a vaca precisa ser ordenhada em um local diferente para não contaminar o ambiente;
  • Utilize o método de linha de ordenha, no qual as vacas sadias são ordenhadas primeiro e são seguidas pelos animais que já tiveram a doença e foram curados e aqueles que estão em tratamento.

Tratamento

Segundo os pesquisadores da Embrapa, o tratamento das vacas com mastite varia de acordo com o caso apresentado pelo animal. Em geral, porém, os tratamentos devem ser precedidos de ordenhas sucessivas (cerca de quatro) no período do dia e se for o caso de necessidade de medicamento, tratar somente após a última ordenha do dia.

Os especialistas alertam que as vacas secas devem ser tratadas com medicamentos próprios para esta fase. Existem no mercado vários medicamentos para tratamento preventivo de vacas neste período de descanso. É bom lembrar que estes medicamentos nunca devem ser utilizados para tratar mastites comuns, pois eles são próprios para a prevenção da doença no período seco.

Segundo um estudo do National Mastitis Council dos EUA, em rebanhos em que não se tomam medidas de controle, cerca de metade dos animais apresentam em média dois quartos infectados.

Masticine: nova solução Bimeda contra a mastite

A Bimeda, empresa global de saúde animal, disponibilizou para os produtores rurais uma nova solução contra a mastite, o Masticine, o único produto do mercado que associa as substâncias cefalexina, neomicina e prednisolona para combater as principais bactérias causadoras da mastite.

Com amplo espectro, alta disponibilidade e rápida difusão, o Masticine promove uma cura rápida reduzindo o processo inflamatório e minimizando as perdas, proporcionando um retorno mais rápido à produção e qualidade do leite.

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